terça-feira, 17 de novembro de 2009

12º Encontro Presencial do Gestar II de Língua Portuguesa

O décimo segundo encontro presencial do Gestar II de Língua Portuguesa aconteceu no dia 22 de outubro de 2009. Na ocasião foi trabalhado o TP2, especificamente as unidades 05 e 06 que tratam sobre gramática: seus vários sentidos e a frase e sua organização. A primeira tem por finalidade caracterizar gramática interna e o ensino produtivo; gramática descritiva e o ensino reflexivo; gramática normativa e o ensino prescritivo. Já a sexta unidade objetiva conceituar e identificar a frase; estabelecer a diferença entre frase, período e oração bem como a identificação e a permanência das diferentes organizações da frase e do período em cada texto.
Fracionamos a turma em grupo e direcionamos as oficinas do avançando na prática das páginas 30 e 31. As equipes produziram textos criativos e engraçados. Avaliamos os trabalhos como positivo.
Dando continuidade, assistimos “A Hora da Estrela” do programa cena aberta. Solicitamos dos gestandos um resumo enfocando aspectos sociais e lingüísticos que será apresentado no próximo encontro.

Produções de Cursistas:
Cursistas: Franciléia Dias da Silva
Francisca Rozimar de Morais Pereira
Maria da Guia Camelo da Costa
Raimunda Nonata de Sousa Lima
Texto referente à questão 03-Página 31 Livro TP2
O aluno citado no texto apresenta características típicas de um adolescente não muito interessado em estudar, mas em tumultuar a sala de aula com suas brincadeirinhas sem nexo.
O fato de o depoimento ser feito por ele cria a possibilidade de ele ser parcial, pois com certeza vai defender-se e culpar os professores por seu eventual fracasso escolar.
Atualmente enfrentamos o problema de termos em nossas salas de aula alunos pouco compromissados como o que foi citado no texto.
Professores reagem de maneiras diferentes diante de um aluno problemático alguns ignoram o problema, fecham os olhos para a situação, é mais fácil, outros reagem buscam o porquê e meios para solucionar ou amenizar a falta de interesse por parte desses alunos.

COMENTÁRIO SOBRE PROFESSORES A PARTIR DO TEXTO DE UM COLEGA DE CLASSE.
CURSISTAS:
EVONILDA BARROS
IONÁ DIAS
MARLENE SALES
ROSA ALENCAR
SOMÁRIA CARVALHO
Eu não sou como o meu colega que odeia todos os professores, apesar de que alguns deles não exercer bem a sua função de educador. Meu colega tem razão quando fala que o professor de História não poderia lhe cobrar atividades que deveriam ser feitas em casa, pois ele não o deixa participar das aulas, portanto como poderia cobrar tais atividades. A professora de Ensino Religioso não nos ensina sobre as religiões, é um assunto que temos curiosidades, já que cada indivíduo tem a sua e deve ser respeitado em qualquer uma das suas escolhas. Em relação ao de matemática eu concordo com sua maneira de tentar desenvolver o nosso raciocínio, mas se nem todos admiram ou não gostam do xadrez, ele deveria procurar maneiras diferentes para que todos pudessem desenvolver tal habilidade. O professor de Geografia não é mal preparado, ele só não gosta de perguntas que às vezes não se referem ao conteúdo que ele preparou para trabalhar conosco, mas acho que quando ele não soubesse responder uma pergunta deveria ter humildade e falar que não sabia, mas que iria se informar e traria a resposta na próxima aula, ou então pedir que nós fizéssemos a pesquisa seria uma maneira de nós aprendermos a procurar nossas próprias respostas, afinal ninguém sabe tudo, e nós temos que ser pesquisadores se quisermos ser bem informados. O professor de Educação Física não nos respeita como indivíduos em desenvolvimento, com suas piadinhas de mal gosto não desperta em nós o interesse pelas atividades esportivas o que deveria ser seu objetivo principal com os alunos. O professor de Ciências com sua mania de repetir palavras lhe rendeu um apelido carinhoso, que nós utilizamos para nos referir a ele, mas sem nenhuma maldade, pois cada um tem sua mania e devemos respeitar, afinal professor também é ser humano e como todo ser humano possui defeitos, e os mesmos existem para serem aceitos por alguns e criticados por outros, eu prefiro aceitá-los.
Mesmo com todos os defeitos dos professores citados acima, não os odeio ao contrário eu os admiro, pois é uma profissão árdua e nem sempre valorizada como deveria.

CURSISTAS: ADVANIR MENDONÇA DE VASCONCELOS BRITO
LAURENICE SILVA
IRACY SOUSA GOMES DA SILVA
MARIA DOMINGAS DO NASCIMENTO FERREIRA
MARIA INÊS PEREIRA DA SILVA
MARIA LUIZA DA COSTA SANTANA

MEU PROFESSOR INESQUECÍVEL
AVANÇANDO NA PRÁTICA :


Continuação da história de Ivan Ângelo : Meu professor inesquecível

[ ...] Bom, e tem meu problema com a Ferraz,de Português.Ela apesar de fazer leituras de textos interessantes e fazer perguntas sobre o mesmo,tem horas que a turma inteirinha voamos nas respostas e ela explica que não é bem isto com aquela voz melodiosa e educada ,depois fala como é.Em seguida pede um resumo por escrito do que foi lido.E eu escancaro que estava tão legal só falando ,porque temos que escrever sobre algo já tão debatido.Ela argumenta que assim fica mais fácil,pois já conhecemos sobre o que iremos escrever.Até aí tudo bem,se não fosse a maldita correção e ainda por cima de vermelho ,com observações do tipo : “não escrever letras maiúsculas entre minúsculas”,”fique atento a grafia das palavras antes de escrever”,”fazer parágrafos”,”usar corretamente os sinais de pontuação”, etc.Também pede que refaçamos tudo corretamente, mas ainda aparecem erros.
O oportuno mesmo seria nós apenas falarmos,nisso eu sou bom,mas ainda temos que escrever! Se ela não fosse toda certinha, ou melhor, querer tudo correto demais ,ela seria maravilhosa.
Reescrita de narrativa na visão do professor de História

Ofício de professor
Cursistas:
Conceição Lima
Ivanilde Ferreira
Joseíres Veloso


Vida de professor não é das mais fáceis, eu que o diga. Sou José Raimundo, professor de História, há quase 25 anos e neste ofício já vivi as mais variadas situações.
No início de minha carreira, passei por bons momentos, momentos de total dedicação ao trabalho, época em que os alunos demonstravam respeito pelo mestre. Lembro-me bem do valor de um olhar, este gesto transmitia tudo, era o suficiente para obter a atenção de todos.
Em minha sala de aula não havia espaço para conversa, brincadeira, ou melhor, bagunça, nem coisas do tipo. Minha função era ensinar. Quando eu falava, a obrigação de todos era ouvir, pois depois tinham as lições, cobradas ao pé da letra, uma por uma. Ai de quem não as fizesse!
Ao longo dos anos, não sei o que aconteceu, mas comecei a notar que algo muito estranho estava acontecendo no ambiente escolar: professores mudando suas práticas, alunos com novos hábitos, aproximação da família. No entanto, continuei firme aos meus princípios. A escola por muito tempo foi assim e sempre funcionou bem. Por que haveria de mudar?
Meus alunos sempre entenderam o meu propósito e mesmo em meio a mudanças mantiveram-se obedientes. Estava tudo bem... até o dia em que apareceu um aluno chamado Ivan. A princípio, ele apresentava as mesmas características dos demais, mas depois de alguns dias Ivan se transformou. Não compreendia os motivos que levaram o garoto a querer agir de modo diferente num local onde todos agiam de forma semelhante.
Se me permitem dizer, Ivan foi a cruz mais pesada que carreguei. Quando o mesmo não estava presente, fazia questão de me acompanhar em pensamento. O que teria feito eu para merecer um aluno assim? Todos os dias me fazia este questionamento sem obter uma resposta. Este aluno-problema não assistia às aulas direito, não fazia as lições de casa, não queria obedecer... e uma série de outras negações. O tempo todo ele atrapalhava o bom andamento das aulas com comentários impertinentes e questionamentos incabíveis. Na verdade ele não queria estudar. A mim não restava outra alternativa, senão colocá-lo para fora da sala.
Aquele ano para mim foi simplesmente estarrecedor. Não precisava ser vidente para prever o próximo dia de aula, as próximas cenas. Resisti inflexível, porque a ordem do ambiente não poderia ser abalada por causa de uma pessoa. As férias se aproximavam, uma alegria invadia o meu ser. Era o período de dar entrada em minha aposentaria. Que alívio! Ivan ficará marcado como um aluno inesquecível.

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