sexta-feira, 17 de julho de 2009

Memorial da Cursista Advanir Mendonça de Vasconcelos Brito


O início dos meus estudos,segundo contou minha mãe se deu aos quatro anos numa escola da igreja Presbiteriana em Teresina,mas desta época nada ficou em minha mente.Depois estudei no Instituto Florianense nesta cidade.A segunda escola que frequentei aqui era na casa de Dona Mercês ,professora na época da Escola Municipal “Getúlio Vargas”e os alunos da mesma recebiam o diploma da escola citada acima.Lembro-me que a escolinha por ser em uma casa respirava um ambiente familiar e por diversas vezes presenciávamos reclamações dela aos filhos.O caminho de minha casa até lá era cheio de belezas e aventuras,tínhamos(eu,Guia e sua irmã Francisca)que passar pela casa do doido por nome Josias,de frente à casa dele havia uma árvore que possuía flores tricolores.Muitas vezes passávamos correndo e com o coração aos pulos.O catumbi era pouco povoado,possuía muito verde e vários pés de oiti e sem calçamento.A água para beber da escolinha era fria e era acumulada em potes e o chão era de barro socado.

Nesta fase minha brincadeira predileta era juntar vários meninos para dar aulas .

Em 1974,fui estudar no Colégio Industrial “São Francisco de Assis”,a turma em que fiquei ficava fora das dependências da escola.A professora era morena clara,cabelos pretos,médios de nome obscuro em minha mente.

No ginásio(era assim que chamávamos naquela época),a professora que mais me marcou foi a Zarur também conhecida por Dudu.Era professora de Ciências e também de Arte.Gostava dela por que além de explicar bem os conteúdos fazia amizade com todos.Recordo-me inclusive do dia em que fez uma surpresa para mim lembrando-se do meu aniversário e cantando os parabéns na sala.Gostava de vez em quanto de visitá-la,ela confeccionava trabalhos manuais incríveis.Neste período eu afirmava que seria enfermeira,inclusive ganhei um livro do meu pai intitulado “A enfermeira de cirurgia”.Vivia lendo este livro e os primeiros socorros contidos nele.Só que o mesmo sumiu como por encanto da estante e até hoje não sabemos o seu fim.

Também houve uma professora de matemática por nome Mariquinha na 6ª série que explicava divinamente bem,para mim até hoje nunca houve alguém que falasse tão claramente.

Jamais poderia esquecer o meu diretor, Frei Antônio Curcio que também ensinava eletrônica,posteriormente mudada para eletricidade .Ele era um doce,muitas vezes me defendeu das chatices e implicâncias da secretária Rubenita Ferreira de Sousa,que gostava de rebaixar e reduzir a nada alunas assustadas como eu.Hoje acredito ser o modo dela educar e impor o respeito de todos,pois quando passou um período ministrando aulas de Inglês no lugar de Dona Lurdinha( de olhos azuis)parecia outra pessoa e ensinava como ninguém.

O primeiro livro lido por mim foi As Aventuras de Robinson Crusoé de Daniel Defoe,em umas férias passadas em Campina Grande -Paraíba,minha terra natal.O que mais me chamou a atenção foram as aventuras pelo qual passa o personagem principal.

No ensino médio tive professores inesquecíveis como o Macário Piastrella ,crânio em Matemática.Ele gostava de jogar giz nos alunos distraídos e em suas aulas sempre íamos ao quadro resolver exercícios.O Luna ,de física ,ninguém dava nada por ele:calça jeans,chinelo fechado de couro,careca e muito simples,não carregava livros ,era um livro ambulante.Todos o admiravam e respeitavam-no.Professor Oscar Procópio muito simpático e atencioso com seus alunos.Dona Jovina com suas longas e detalhadas explicações de geografia e os seus famosos psius.Porém dentro todos há uma que mora em meu coração,pois levantou minha auto-estima, fez-me descobrir talentos ao me elogiar nas leituras individuais que costumava realizar e a nos incentivar a ler mais e mais.Li neste período vários livros como: A viuvinha,Cinco Minutos,Iracema,A Moreninha e o Cortiço.Este último acheio-o muito picante .Também recordo de uma aula aplicada por ela sobre as cantigas de amor ,de amigo e de escárnio. Eu detestava quando os alunos conversavam na aula dela,pois ela era muito educada e não gostava muito de reclamar.

Na Universidade deparei com professores de todo o tipo: preparados, despreparados, caxias, enrolões, com pouca ou muita ética.

Não encontrei tanta dificuldade, pois havia muitos trabalhos em grupos e as exigências cabiam em nossa medida.A maioria das leituras provinham de apostilas.

Atualmente leio mais os livros didáticos,alguns paradidáticos e a bíblia,porém gostaria de dispor de mais tempo para ler mais.

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